Publicado por: Secom, em: 05/05/17 às 14:30Conjunto Habitacional Carlos Lamarca é entregue na IV Etapa de Rio Doce
Residencial conta com 19 blocos, contendo 16 apartamentos cada, de 42,70m², distribuídos em sala, dois quartos, banheiro, cozinha, centro comunitário e playground
“Hoje o sentimento é de vitória, de felicidade, é uma conquista”
Após dez anos de ocupação, 304 famílias terão melhores condições de moradia a partir desta sexta (05.05), quando foi entregue o Conjunto Residencial Carlos Lamarca, na Rua 70, IV Etapa de Rio Doce. No local, onde havia muito entulho e abandono, agora existem unidades habitacionais construídas pelo Programa Minha Casa, Minha Vida, beneficiando 1.520 pessoas. A solenidade de entrega contou com a presença do Prefeito Professor Lupércio.
Uma das pessoas agraciadas foi a professora Ivânia Mendes, 42 anos, mãe de dois filhos, que participou do início da ocupação, em janeiro de 2007. “Aqui havia muita cobra, rato, baratas, lixo e muito timbu. Sempre nos organizamos para não ocuparmos de forma desordenada. Muitas pessoas morreram nesse tempo, por conta das condições precárias. Hoje o sentimento é de grande felicidade depois de anos de luta. Eu nunca tive nada de valor, hoje eu tenho minha casa”, relata.
O habitacional conta com 19 blocos, contendo 16 apartamentos cada, de 42,70m² quadrados, distribuídos em sala, dois quartos, banheiro, cozinha, centro comunitário e playground. Os recursos são oriundos do Governo Federal, através da Caixa Econômica.
Outra moradora contemplada é Fabiana Melo, 38 anos, mãe de duas filhas, uma delas, Iasmim de oito anos, que nasceu durante a ocupação. “Eu vim sozinha com minha filha Eduarda, que na época tinha dez anos. Limpamos os matos, levantamos um barraco de plástico e começamos a morar, somente eu e ela. Muitos não acreditaram, outros desistiram. Mas hoje o sentimento é de vitória, de felicidade”.
Carlos Lamarca
O residencial faz uma homenagem a um dos líderes de luta contra a Ditadura Militar, o carioca Carlos Lamarca. O capitão do Exército desertou, em 1969, tornando-se um dos comandantes da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), organização da guerrilha armada de extrema-esquerda que combatia o regime. Perseguido por mais de dois anos pelos militares, foi localizado e morto no interior da Bahia, em 17 de setembro de 1971.