Publicado por: Secom, em: 15/08/20 às 19:51Segunda-feira é dia do Patrimônio Histórico. Saiba como Olinda conseguiu esse título
Olinda foi a segunda cidade brasileira a ter o reconhecimento da UNESCO
O caminho para Olinda se tornar Patrimônio Histórico Mundial começou a ser trilhado ao menos meio século antes da declaração oficial pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). O marco inicial pode ser apontado na década de 1930, quando os principais monumentos do Sítio Histórico foram tombados. A partir desse tombamento, uma série de ações seguiram para proteger e preservar o conjunto arquitetônico, histórico e cultural da cidade.
Em 1980, o Congresso Nacional concedeu a Olinda o título de Monumento Nacional. A etapa seguinte seria o título de Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, concedido pela UNESCO no dia 14 de dezembro de 1982, após quatro anos de trabalho da Prefeitura nesse sentido. Foi a segunda cidade brasileira a receber a honraria, após Ouro Preto (MG).
É assim que a UNESCO descreve a área histórica da Marim dos Caetés:
“As qualidades únicas do Centro Histórico surgem do equilíbrio preservado entre os edifícios, públicos ou privados, e os jardins organizados desde a primitiva divisão dos lotes. É uma cidade de vistas surpreendentes: uma das numerosas igrejas ou conventos barrocos, ou uma das várias capelas dos passos, vai aparecer a cada vez que dobramos uma esquina. Os refinamentos elaborados da decoração das principais estruturas arquitetônicas contrastam com a charmosa simplicidade do casario pintado de cores vivas ou com as fachadas revestidas de azulejos”.
Olinda foi fundada no dia 12 de março de 1535 por Duarte Coelho, então donatário da Capitania de Pernambuco. No Século XVI era a capital pernambucana e o principal polo econômico do Brasil Colonial, quando comportava toda produção dos engenhos de cana de açúcar da Capitania.
Tanta riqueza motivou a invasão dos holandeses em 1630, que a incendiaram no ano seguinte. A reconstrução começou em 1654 quando os invasores foram expulsos. A vila ganhou a a condição de cidade em 1676, quando foi construída a Diocese de Pernambuco, dando início a um século de reconstruções e fomento cultural.
Entre os principais monumentos destacam-se a Igreja da Graça, a Catedral Sé de Olinda, a Basílica e Mosteiro de São Bento, o Convento de São Francisco, a Igreja de Nossa Senhora das Neves, a Igreja do Carmo de Olinda, Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e o antigo palácio episcopal, hoje o Museu de Arte Sacra de Pernambuco.