Monumentos
Arquivo Municipal de Olinda
Localização: Rua de São Bento, 153 – Varadouro
Desde o Império, a Câmara de Olinda acumulava as funções do Poder Executivo e já possuía seu arquivo. Em 1975 foi criado o serviço de Arquivo Público Municipal, voltado para o recolhimento e preservação de documentos em fase permanente. Em 1983 foi criado o Arquivo Público Antonino Guimarães na casa da antiga residência da família Coelho Leal, na Rua de São Bento 153.
O Patrimônio Documental de Olinda extrapola a função local, para ser de interesse da comunidade cientifica e dos órgãos nacionais e internacionais. Seu acervo é basicamente de documentação acumulada e/ou produzida pelo Poder Executivo Municipal, com datas limites de final do século XVI até fins da década de 1970. A documentação encontra-se dividida em três grandes grupos: Textual, Cartográfica e Iconográfica. No acervo constam obras raras, do século XVII ao XX.
Biblioteca Pública de Olinda
Localização: Av. Liberdade, s/n – Carmo.
Fone: (81) 3305-1157
Visitação: de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
Criada por Decreto Imperial em 07/12/1830, a Biblioteca Pública de Olinda foi inicialmente instalada no Convento de São Francisco, sendo a 1ª de Pernambuco e a 5ª do Brasil. Com a transferência da Faculdade de Direito de Olinda para o Recife, o espaço ficou sem funcionar durante várias décadas, sendo restabelecida através da Lei n° 4329/1983. Em 1984, foi desapropriada a casa da Avenida da Liberdade nº 100, no Carmo, que teve sua restauração concluída em 1996. A casa onde está instalada a Biblioteca Pública de Olinda é uma das construções mais antigas do município. Foi retratada por Franz Post em pintura sobre Olinda, no século XVII.
Caixa D’Água
Localização: Rua Bispo Coutinho, s/n – Alto da Sé.
Visitação: todos os dias, das 14h às 17h.
Construída em 1934 com projeto do arquiteto Luis Nunes, a Caixa D’Água, no Alto da Sé, é um marco da arquitetura moderna brasileira. Neste projeto, pela primeira vez, foi utilizado formas e modelações arquitetônicas modernas, numa época em que estava sendo mudado o conceito de arquitetura.
O uso de pilotis, a forma pura da construção, a utilização de uma fachada cega e outra totalmente vazada com cobogós foram inspiradas nos conceitos de Le Corbusier, e utilizados por Oscar Niemeyer nos edifícios de Brasília. Na construção da Caixa D’Água, foi usado pela primeira vez no Brasil o combogó, como elemento decorativo de ventilação e decoração.
O prédio passou recentemente por obras de requalificação, inauguradas no dia 24 de outubro de 2011. No edifício, de 20 metros de altura, foi instalado um elevador panorâmico e o local foi transformado num mirante, que permite ao visitante uma vista de 360 graus para as duas cidades irmãs: Olinda e Recife. O espaço interior foi requalificado para exposições e outras atividades de apoio à visitação turística.
Casa de João Fernandes Vieira
Localização: Rua de São Bento, s/n – Varadouro.
Na Rua de São Bento, próxima ao conjunto de São Bento, encontra-se o sobrado onde acredita-se que habitou e faleceu o restaurador de Pernambuco, João Fernandes Vieira, que teve destaque na luta contra os holandeses.
CEMO (Centro de Educação Musical de Olinda)
Localização: Complexo Rodoviário de Salgadinho – Santa Tereza.
Fone: (81) 3241.5065
O casarão do século XIX foi residência do Barão de Tacaruna, Manoel Antônio dos Passos e Silva. Abandonado durante vários anos, foi restaurado e atualmente abriga o Centro de Educação Musical de Olinda (CEMO), escola de música municipal.
Coreto da Praça da Preguiça
Localização: Avenida Liberdade, s/n – Carmo.
O Coreto de ferro fundido, de procedência escocesa, fabricado pela Fundição McFarlane de Glasgow, Escócia, adquirido por catálogo em 1914 pelo prefeito Arthur Hermann Lundgren, para a função de retretas. Sua varanda em ferro é adornada por arabescos e encimada por uma espécie de coroa.
Farol de Olinda
Localização: Amaro Branco.
Construído, originalmente, sobre o Fortim Montenegro, o Farol de Olinda foi aceso pela primeira vez em 1872. Visível a 12 milhas, o Farol atual foi construído no Morro Serapião, sendo inaugurado em sete de setembro de 1941. Por se destacar na paisagem de Olinda, tornou-se um dos principais marcos da cidade.
Fortim de São Francisco (Fortim do Queijo)
Localização: Rua do Sol – Carmo.
As primeiras notícias do Forte ou Baluarte de São Francisco datam do século XVII. Por causa de seu tamanho reduzido, ficou conhecido, posteriormente, como “Fortim do Queijo”. Até a década de 30 do século XVIII, o Fortim servia para proteção da costa, quando foi abandonado. Passou por um processo de restauração entre 1973 e 1977, ficando com as atuais feições.
A construção assemelha-se a de outras fortalezas coloniais, com arquitetura simples e rústica, em formato retangular e caracterizando um reduto ou forte não aquartelado. O acesso é feito através de uma rampa de pedra “cabeça de negro” com 10 m de comprimento. O Fortim de São Francisco ainda possui canhões sobre a base de granito e duas casas da guarda, com beiral em tríplice, nos lados da rampa de acesso.
Conjunto da Maxambomba
Localização: Praça do Carmo, s/n – Carmo.
Em 1866 foi iniciada a utilização dos trens a vapor, conhecida como maxambomba, que ligava o Bairro de Beberibe, via Encruzilhada, ao Carmo, em Olinda. Em 1871 foi construída uma oficina da Companhia de Trilhos Urbanos para manutenção dos trens. Com a instalação das linhas de bondes elétricos, o conjunto foi reformado criando residências e comércio.
Mercado Eufrásio Barbosa
Localização: Av. Joaquim Nabuco, s/n – Varadouro
Fone: (81) 3429-3599
O edifício da antiga Fábrica de Doces Amorim Ltda. foi construído em 1894, no local onde existiu a primeira Casa da Alfândega de Pernambuco, no Varadouro, que funcionou nos séculos XVII e XVIII. A fábrica funcionou até 1960 e foi desapropriada anos depois pela prefeitura. Possui uma planta retangular, em piso único, em alvenaria de tijolos. A fachada principal apresenta aberturas em arcos plenos e frontão triangular. Apesar de o prédio original ter recebido acréscimos, não foi descaracterizado. Dispõe de teatro e área para exposições e apresentações folclóricas.
Mercado da Ribeira
Localização: Rua Bernardo Vieira de Melo, s/n – Ribeira
Construído no final do século XVII e início do século XVIII, o Mercado da Ribeira é uma edificação característica do Brasil colonial, com função de mercado de abastecimento. Possui piso em tijolaria e dois alpendres com pilastras. No Mercado da Ribeira funcionam várias galerias de artesanatos, oficinas de entalhadores, gravuras e pinturas. Está localizado em frente às ruínas do Senado.
Observatório Astronômico
Localização: Rua Bispo Coutinho, s/n – Alto da Sé.
Visitação: de terça-feira a domingo, das 16h às 20h.
Grupos com mais de dez pessoas devem agendar as visitas por meio do telefone (81) 3183.5528.
Foi construído na década de 1880, no Alto da Sé, local propício para observações astronômicas. Serviu por várias décadas para observações e estudos de astronomia, e entre 1922 e 1960 funcionou como observatório meteorológico. Sua edificação relaciona-se com as descobertas feitas pelo astrônomo francês Emanuel Liais: a passagem de vênus no disco solar e o Cometa de Olinda, em 1860. Em estilo neoclássico, foi erguido em alvenaria e tem formato cilíndrico. Restaurado na década de 2000, recebeu uma cúpula que possibilita a instalação de telescópios.
Palácio dos Governadores
Localização: Rua de São Bento, 123 – Varadouro.
O antigo Paço dos Governadores Gerais do Brasil foi construído no século XVII, após a Restauração Pernambucana, de onde o País foi três vezes governado. Em 1824, recebeu a Assembleia Constituinte e Legislativa da Confederação do Equador. Foi modificado e ampliado no final do século XIX, recebendo uma feição neoclássica em sua fachada. Apresenta assoalho em ipê, escadaria original em cedro e o piso em mosaico. Atualmente, é a sede da Prefeitura Municipal de Olinda.
Ruínas do Senado
Localização: Rua Bernardo Vieira de Melo, s/n – Ribeira.
Construção anterior a 1693, o edifício entrou em ruínas e desabou com a transferência da Câmara de Olinda para instalações no Varadouro, no final do século XIX. No Prédio do Senado da Câmara de Olinda, Bernardo Vieira de Melo deu o primeiro grito em favor da República no Brasil, em 1710. Resta um pedaço de parede externa da fachada do antigo Prédio do Senado, mostrando a grossa espessura da parede onde está afixada uma placa relatando o primeiro grito de República no Brasil.
Sobrado Mourisco da Rua do Amparo
Localização: Rua do Amparo, 28.
Antiga residência do início do século XVII, manteve íntegras suas características originais. Possui um balcão em madeira com muxarabis de influência árabe, apoiado em cachorros de pedra e portas de madeira com vergas e ombreiras retas em pedra.
A construção é uma das mais típicas obras do século XVIII existentes em Pernambuco. Sobreviveu a onda de descaracterização, provocada pela vinda da Família Real portuguesa para o Brasil. A arquitetura do prédio possui vários elementos característicos da influência árabe.
Durante os trabalhos de recuperação, foram encontrados tijolos pesando 24 kg, de dimensões originais. Toda a originalidade da obra foi preservada. No andar térreo, vêem-se duas portas de vergas e ombreiras retas, ambas de pedra. No andar superior, portais iguais aos do térreo. O balcão é em muxarabi, apoiado sobre cachorros de pedra.
Sobrado Mourisco da Praça de São Pedro
Localização: Praça Conselheiro João Alfredo, 7.
Com bonitos balcões de madeira em losango e treliça, além de seu muxarabi, este sobrado mourisco é um raro exemplar da arquitetura árabe no Brasil. Em 1859, hospedou o imperador D. Pedro II e a imperatriz Tereza Cristina, em viagem ao Nordeste.
Museus
MAC (Museu de Arte Contemporânea)
Localização: Rua 13 de Maio, s/n.
Fone: (81) 3184.3153
e-mail: ddcfundarpe@gmail.com
O edifício é datado de 1765 e foi construído para ser o Aljube ou Cadeia Eclesiástica para as punições da inquisição. Em frente foi edificada a Capela de São Pedro Advíncula. O conjunto Aljube e Capela foi restaurado e tombado no ano de 1966, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Nele foi instalado o Museu de Arte Contemporânea de Olinda (MAC), que conta com um acervo de mais de 4 mil obras das mais variadas técnicas, épocas e estilos, do academicismo francês até a contemporaneidade, e reúne obras de grandes nomes como Portinari, Cícero Dias, Eliseu Visconti, Djanira, Telles Junior, Wellington Virgolino, Di Cavalcanti, João Câmara, Guinard, Adolph Gottielib, Burle Max, Francisco Brennand, entre outros.
Visitação: terça a domingo, das 9h às 17h.
Entrada: R$ 2,50 (estudante) e R$ 5 (normal).
Estudante de escola municipal ou estadual com visita agendada não paga.
Escola particular agendada paga R$2 por pessoa.
Idosos com mais de 65 anos não pagam.
MASPE (Museu de Arte Sacra de Pernambuco)
Localização: Rua Bispo Coutinho, 726 – Alto da Sé.
Fone: (81) 3184.3154
e-mail: maspe@fundarpe.pe.gov.br
Inaugurado em 1977, o Museu de Arte Sacra de Pernambuco (MASPE) está instalado no antigo Palácio dos Bispos de Olinda, edificado sobre as primeiras instalações da primeira Casa de Câmara e Cadeia. No século XIX, o casarão sofreu novas modificações, servindo como resistência coletiva de religiosos, colégio e quartel do exército durante a 2ª Guerra Mundial.
Na sua fachada, é possível ver o antigo brasão episcopal e uma placa da Unesco, que declara Olinda, Monumento Histórico da Humanidade. O acervo fixo do MASPE começou a ser construído a partir de uma centena de peças cedidas pela Arquidiocese de Olinda e Recife. Hoje, é composto por imagens eruditas antigas, policromadas e douradas, do século XVI, além de pinturas e arte sacra popular e objetos do culto nas igrejas.
Visitação: terça a sexta-feira, das 10h às 16h / sábado e domingo, das 10h às 14h.
Museu do Mamelungo
Localização: Rua de São Bento, 344.
Fone: (81) 3493. 2753
Fundado em 14/12/1994, o Museu do Mamulengo possui um acervo com mais de 1200 peças feitas pelos mestres mamulengueiros, representando figuras populares em situações cotidianas rurais ou urbanas, com alguns bonecos do século XVIII. É o primeiro museu dedicado a bonecos populares na América Latina.
Visitação: terça a sexta-feira, das 10h às 17h.
Entrada: R$ 1,00 (estudante) e R$ 2,00 (normal).
Museu Regional de Olinda
Localização: Rua do Amparo, 128 – Amparo
Fone: (81) 3184.3159 / 3184.3160
e-mail: museuregionaldeolinda@gmail.com
A antiga residência do Bispo de Olinda foi construída no século XVIII, e mantém suas características originais. O Museu Regional de Olinda foi fundado em 1935, em comemoração aos 400 anos de chegada de Duarte Coelho a Pernambuco, pelo então diretor da Biblioteca e do Museu do Estado José Maria Albuquerque Melo.
Constam no seu acervo, peças como móveis, imagens, painéis, peças de grande valor histórico, como o brasão do Senado da Câmara de Olinda e peças de arte sacra, inclusive um altar que pertenceu à antiga Sé de Olinda, antes de sua reforma em 1711. Ao todo, são 217 peças expostas por toda a extensão dos salões do prédio onde funciona.
Visitação: terça a sexta-feira, das 9h às 17h. / sábado e domingo, das 13h às 17h.
Entrada: R$1 / Atendimento especial para escolas agendadas
Bicas
Moduladas com pedra e alvenaria, as Bicas foram construídas com a finalidade de suprir a falta de água da Vila de Olinda.
Bica de São Pedro
Localização: Rua Henrique Dias, Varadouro.
Construída no século XVI, a Bica de São Pedro é a que possui maior vazão de água. Segundo uma lenda popular, suas águas surgiam de uma vertente que ficava por baixo do altar-mor da Igreja Matriz de São Pedro Mártir. Conhecida inicialmente como Fontainha, suas águas ainda servem a população olindense.
Bica do Rosário
Localização: Largo do Rosário, Bonsucesso.
Citada no foral de Olinda em 1537, a Bica do Rosário é, talvez, a única remanescente do Val de Fontes, um riacho existente no século XVI. Manancial fecundo, com seu belo frontispício adornado por paredes com jarros de pedra, a Bica ostenta em sua base o secular brasão da cidade. Importante peça colonial, apresenta uma escadaria toda lajeada em pedras.
Bica dos Quatro Cantos
Localização: Rua dos Quatro Cantos, Amparo.
De acordo com registro histórico, a Bica dos Quatro Cantos foi construída em 1602. Chamada também de Fonte da Tabatinga, chegou a ser destruída e, posteriormente, recuperada.