Publicado por: Secom, em: 03/04/14 às 16:52Câmara de Vereadores de Olinda restituiu mandatos cassados durante a Ditadura Militar
Em sessão especial de repúdio ao lamentável período, a Câmara restituiu mandatos cassados e homenageou os vereadores que à época votaram contra a cassação do prefeito Eufrásio Barbosa
A Câmara de Vereadores de Olinda, realizou no último 1 de abril, ato de repúdio contra a Ditadura Militar, além de promover a restituição simbólica dos mandatos do prefeito Eufrásio Barbosa, desposto em função do golpe, do também prefeito Marcos Freire, que renunciou dois dias após eleito, por ameaças recebidas por ter posições contrárias ao regime.
Também foram restituídos os mandatos dos vereadores Antônio Marques Dourado, Roberval de Souza Lopes e Antonio Bezerra Gomes. Além disso, foram homenageados os vereadores que votaram contra a cassação de Eufrásio Barbosa, além dos depostos pelo governo de Getúlio Vargas.
O prefeito de Olinda, Renildo Calheiros esteve presente no início da sessão. O secretário de Turismo, Desenvolvimento Econômico e Tecnologia, Maurício Galvão, e o secretário de Esportes, Lazer e Juventude, Tales Vital, também estiveram presentes na solenidade. A iniciativa partiu do vereador Marcelo Santa Cruz (PT), que teve o irmão Fernando Santa Cruz assassinado na Ditadura Militar.
Foi uma sessão marcada pela emoção. Parentes dos homenageados e políticos com os mandatos restituídos, subiram à tribuna da Câmara e deram seus relatos apaixonados. Como o neto do prefeito Eufrásio Barbosa, Rodrigo Carneiro Leão, que lembrou: “Grande iniciativa do vereador Marcelo Santa Cruz, nessa casa de Bernardo Vieira de Melo, primeira Câmara de Vereadores do Brasil, diga-se de passagem, resolve restituir um mandato popular que nunca deveria ter sido cassado. Pois não se cassa mandato popular em nome do povo”.
Luís Freire, filho de Marcos Freire e ex-prefeito de Olinda, também deu seu relato emocionado e lembrou as arbitrariedades de uma Ditadura, que cassou mandatos e que obviamente preferia que nada disso tivesse ocorrido. “Hoje estar aqui, por mais emoção que a gente sinta, com certeza é uma sessão que ninguém gostaria de estar fazendo”, lembrou.
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