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Cordel Bullying nas escolas é lançado em Olinda

Alunos da Escola Mizael Montenegro Filho, de Casa Caiada, participaram da apresentação

Publicado por: Secom, em: 12/12/17 às 20:08

Por Pattricia Viviane

Fotos: Alice Mafra/Prefeitura de Olinda

A aparência física é um dos principais motivos de bullying nas escolas, um problema considerado de saúde pública. O número de casos de jovens submetidos a situações de humilhação vem crescendo, de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a saúde do estudante brasileiro. Para quem sofre, não é brincadeira, não tem graça e pode deixar marcas. Sobre o problema, estudantes da Escola Mizael Montenegro Filho (Casa Caiada) estiveram reunidos no auditório da Secretária de Educação de Olinda nesta terça-feira (12.12) para o lançamento do Cordel Bullying nas escolas: como enfrentar?

O cordel foi desenvolvido durante 15 de dias de oficina através de debates e estudos para entender o tema, o significado real desta palavra e sua consequência jurídica.  Ao todo, 20 estudantes participaram do evento com orientação da gestora e poetisa Rivani Nasário, dona do projeto “Cordel nas Escolas”, do qual pretende atender toda a rede de ensino em 2018. ​ Durante o lançamento do folheto, os estudantes proporcionaram uma manhã de autógrafos ao público e declamaram versos, rimas e prosas de cordel sobre o tema. O secretário de Educação, Esporte e Juventude, Paulo Roberto, um dos incentivadores da ação, fez questão de prestigiar o evento e também teve seu cordel autografado.

Para Jonata Gabriel Silva, 10 anos, a oficina sobre o bullying foi muito boa. “Aprendi a não praticar o bullying e descobrir que xingar sem motivo também está errado”, destacou o garoto. “Na turma da manhã dos 3ºs anos, têm colegas que chamam seus amigos de gordo, de outros apelidos racistas e quando vejo digo pra professora”, acrescenta a estudante Emily Vitória dos Santos, 10 anos. “Isso é uma coisa muito séria. A professora coloca de castigo e deixa sem recreio, chama os pais na escola, põe falta e pode até dar suspensão”, finaliza Emily, bem familiarizada com o tema e seus direitos.

PARA ENTENDER – ​A presença de casos de bullying em escolas brasileiras aumentou de 5% para 7%, segundo pesquisa do Ministério da Saúde e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento apontou ainda que 20,8% dos estudantes já praticaram algum tipo de bullying contra os colegas e que a prática é proporcionalmente maior entre os meninos (26,1%) do que entre as meninas (16%). A pesquisa foi feita em escolas públicas e particulares e aponta que 51% dos estudantes disseram ainda que não sabem os motivos que fizeram com que eles praticassem o bullying apenas uma pequena parte conseguiu explicar as causas do preconceito. Para 18,6% dos pesquisados, o bullying ocorreu devido a aparência do corpo, seguido da aparência do rosto (16,2%). Casos envolvendo raça ou cor representam 6,8% dos relatos, orientação sexual 2,9%, religião 2,5% e região de origem 1,7%.

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