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Da atividade de porteiro para a inspiração: tudo vira música na vida de Amauri Andrade

Algumas de suas composições foram entoadas pela saudosa Selma do Coco 

Publicado por: Secom, em: 22/01/18 às 16:59

 

A música está, desde sempre, na vida do porteiro Amauri Andrade, de 52 anos. O olindense que mora no bairro do Varadouro viveu a maior parte do tempo na Ilha do Maruim, onde recebia a influência musical de um vizinho, que também era seu padrinho de batismo. Hoje cantor e compositor, o artista também atua como porteiro do Centro de Educação Musical de Olinda (CEMO), lugar no qual, ainda menino, recebeu as primeiras aulas teóricas e práticas daquilo que escolheu para se dedicar: a música.

São 28 anos de carreira, compondo músicas que acabaram sendo gravadas por artistas como Selma do Coco e Cláudio Brasil. Ele escreveu o hino da TCM Cabeça de Galo. Lançou um CD (Forró de Coco) e está, desde 2015, na produção do segundo álbum (Canto das Olinda). Para Amauri, o ritmo não importa quando o assunto é música, mas seu coração bate mais forte para aqueles que mais representam a multiculturalidade do Carnaval de Pernambuco.

Ciranda, Coco, Frevo, Ciranda, Maracatu, Afoxé. Todos esses ritmos já ganharam canções pelo artista. “Tenho cerca de 30 canções gravadas e outras muitas escritas em cadernos em casa. Vejo música em tudo, passo o dia olhando as coisas ao meu redor e pensando como podem se transformar em canções que exaltem a cultura popular. É uma terapia, um amor renovado a cada amanhecer”, contou Amauri Andrade.

Apesar de tanto amor e dedicação, não é fácil viver só da sua arte. Por isso, o olindense se divide entre as atividades artísticas e seu trabalho como porteiro. “Eu trabalhei por mais de 12 anos na Secretaria de Controle Urbano. Mas há cinco meses houve mais uma coincidência envolvendo a música e acabei vindo trabalhar como porteiro aqui no CEMO”, explicou Amauri.

Segundo ele, a oportunidade de trabalhar num lugar onde a música reina tem lhe ajudado a ficar cada vez mais estimulado a correr atrás dos seus sonhos: “As pessoas aqui colaboram muito. Entendem e respeitam meu trabalho como músico. Até fui convidado para me apresentar na confraternização de fim de ano”, orgulhou-se.

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