Publicado por: Secom, em: 25/10/19 às 13:05Em Olinda, salas multifuncionais elevam inclusão de estudantes com deficiência
Trabalho ajuda no desenvolvimento cognitivo de 800 crianças
A educação inclusiva vem transformando o aprendizado em Olinda, unindo pais, alunos e educadores. As salas de recursos multifuncionais, presentes nas escolas da Rede Municipal de Ensino, promovem a interação social de cerca de 800 crianças e adolescentes que antes enfrentavam limitações. O trabalho vai além da alfabetização e envolve um universo de descobertas. Os espaços contam com jogos educativos, peças lúdicas e computadores equipados com softwares especiais. O objetivo é de promover a autonomia e autoconfiança da garotada com algum tipo de deficiência.
Duas vezes na semana, no contraturno escolar, os estudantes recebem um atendimento individualizado, com estímulos sensoriais de peças em cores, formas e tamanhos diferenciados. As equipes dispõem de psicólogos e pedagogos, além de estagiários que fazem o acompanhamento nas salas de aula. Entre os participantes, estão meninos e meninas, matriculados da Educação Infantil ao Ensino Fundamental II. Os diagnósticos incluem a síndrome de down, autismo, dislexia, distúrbios de atenção, cegos, surdos, entre outros. A ideia principal é de promover a integração.
“Nosso papel principal é de deixar de lado as barreiras e focar nas potencialidades de cada um deles. Por aqui, conseguimos descobrir muitos talentos”, explica a professora Wanusa Xavier. Segundo ela, a proposta inclui a construção de um Plano de Desenvolvimento Individualizado (PDI), onde são inseridas todas as informações do aluno, o seu crescimento diário e cada ponto que precisa ser intensificado. “Eles despertam também um sorriso no rosto, percebem que são capazes de ir além, como qualquer outra criança”, reforça.
O pequeno Arthur, de nove anos, é um dos beneficiados na sala de recursos multifuncionais da Escola Isaac Pereira, localizada no bairro de Jardim Atlântico. “Gosto muito dos brinquedos e dos objetos que fazemos aqui”, disse. Ele venceu o medo de falar e hoje já participa com desenvoltura das atividades. A alegre Vitória, 11 anos, comemora que aprendeu a ler e escrever após ser inserida no programa. “Eu leio livros, revistas e posso mexer no computador”, revelou.
Para a dona de casa Geruza Lopes, mãe de Emile, de 16 anos, a experiência é recompensadora. “Ela já consegue se comunicar melhor, utilizar o celular e ser mais feliz em casa e na rua”,contou. De acordo com a Secretaria de Educação, Esportes e Juventude de Olinda, o número de locais será ampliado, assim como o mobiliário e as ferramentas envolvidas. As medidas também contam com a parceria do projeto “Bolinha de Pelo”, igualmente desenvolvido em Olinda, que aproveita o contato com cães adestrados para promover o desenvolvimento cognitivo.
Texto: Marcílio Albuquerque / Fotos: Alice Mafra