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Você sabe o que é esclerodermia? A doença rara na pele e em outros órgãos, mais comum no gênero feminino, foi tema de debate nesta quinta-feira (27), em Olinda. No encontro, a presidente da Sociedade de Reumatologia de Pernambuco, Andrea Dantas, deu uma palestra sobre causas, sintomas, tratamento e muito mais do problema. O evento aconteceu no auditório da Uninassau do Shopping Patteo, em Casa Caiada.
Para a secretária executiva de regulação da saúde de Olinda, Raquel Braga, é importante que cada vez mais pessoas tenham conhecimento da doença. “A saúde é dividida em três eixos: proteção, promoção e recuperação. Precisamos conhecer bem para conseguir combater, proteger e recuperar. O debate realizado aqui não só se aprende sobre a esclerodermia, mas também sobre a humanidade. Precisamos de um olhar sensível. Conhecimento é uma coisa que ninguém tira de nós, temos que avançar cada vez mais”, disse.
UM EXEMPLO
Entre as convidadas para compor a mesa estava Sueli Salvina, que sofre com a doença há mais de 30 anos. Com discurso emocionante, a anfitriã do debate relatou toda a luta para combater a esclerodermia. Falta de conhecimento dos médicos sobre o assunto, dificuldades para exames, entre outros foram descritos por ela.
“Quando eu descobri a doença, eu tinha 16 anos. Eu pensei que ia morrer. Na época, trabalhava com jovens em situação de risco, era muito difícil, passei 20 anos fazendo isso. Mas lutar pelo que eu luto hoje, com a esclerodermia, é muito mais difícil. Prefiro falar com traficantes, como na época que eu trabalhava lá atrás, do que viver o que eu vivo. Não sei por que essa doença me pegou”, relatou ela, que é idealizadora do Projeto Girassol PE, que faz alerta sobre a doença. Atualmente, porém, Sueli conta com acompanhamento de profissionais de saúde, inclusive da Prefeita de Olinda.
MAIS SOBRE A DOENÇA
Presidente da Sociedade de Reumatologia de Pernambuco, Andrea Dantas detalhou tudo sobre a doença. Explicou que ela costuma acontecer em mulheres com mais de 40 anos, é rara em homens e costuma deixar a “pele dura”. A médica destacou ainda que a causa é desconhecida, mas alguns estudos relatam que pode ser por fatores genéticos e ambientais. Além disso, é importante destacar que não é transmissível, o que pode acabar com o preconceito de algumas pessoas.
Além de Raquel Braga, Sueli Salvina e Andrea Dantas, a mesa de abertura do evento contou com Ana Selma, secretária da Mulher de Olinda; Elza Alexandrina, coordenadora do curso de Psicologia da Uninassau; Sandra Carvalho, médica.