Publicado por: Secom, em: 19/07/19 às 13:44Laboratório de Arqueologia de Olinda entra na rota do turismo
Equipamento conta com peças a partir do século XVI e as visitas são de graça
Em Olinda, moradores e visitantes têm a oportunidade de conhecer o passado, compreendendo melhor a história da cidade. O Laboratório Municipal de Arqueologia é um convite para uma aproximação com as atividades pré-históricas e a sua relação com o cenário atual. O espaço, com visitação gratuita, está instalado no tradicional Mercado da Ribeira, na Rua Bernardo Vieira de Melo, no Sítio Histórico. No ambiente é reunido um acervo de moedas, material ósseo, dentes, peças em ferro, entre muitos outros elementos que remontam a trajetória ao longo de séculos. .
Após passar por uma importante requalificação, o centro museológico tornou-se mais convidativo, com instalações modernas e uma melhor preservação das peças. No espaço, os visitantes têm a chance de analisar as marcas deixadas por povos antigos, tendo como exemplo os objetos fabricados e utilizados em diferentes momentos da história, inscrições em rochas e marcas de ocupação de territórios. Pesquisa, conhecimento e muitas curiosidades estão de portas abertas para o público.
De acordo com a secretária executiva do Patrimônio de Olinda, Ana Cláudia Fonseca, o laboratório faz parte do roteiro turístico e concentra cerca de 20 mil peças, a partir de 1596. “São marcas da ocupação indígena, portuguesa e também holandesa em nossas terras. Contamos com uma exposição permanente e um grande número de achados arqueológicos, oriundos de diversas intervenções feitas na cidade”, explica. O local recebe o público com visitas guiadas por monitores, de segunda a sexta-feira, no horário das 9h às 12h. Para escolas e grupos maiores, o agendamento pode ser feito por meio do telefone: (81) 3305.1142.
Entre os artefatos curiosos catalogados está um azulejo pintado à mão. do tipo ponta de diamante, com cerca de 400 anos, oriundo de castelos portugueses. Por lá, também podem ser encontradas balas de canhão do antigo quartel que, no século XVIII, teve sua operação nas proximidades da igreja do Rosário. “A proposta do laboratório é de resgatar, por meio da cultura material, parte relevante da história de Olinda. Com estes elementos, conseguimos desvendar lacunas deixadas ao longo do tempo, aquilo que não foi registrado em escritos os documentos”, reforça o arqueólogo e chefe da Divisão de Arqueologia, José Aylton Mello.
Texto: Marcílio Albuquerque / Fotos: Ana Alencar