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Olinda dispõe de testes para hepatites virais

Julho é o mês de conscientização para os diversos tipos da doença

Publicado por: Secom, em: 02/07/20 às 14:16

Foto: PMO.

No mês dedicado à prevenção das hepatites virais, é sempre bom lembrar que a Rede de Saúde de Olinda dispõe de testes para os principais tipos da doença. O infectologista Gabriel Serrano ressalta que há uma recomendação da Secretaria de Saúde do Estado para que os testes sejam feitos sempre quando possível, principalmente quando o paciente passa por algum check-up. A explicação é simples: o vírus de hepatite pode estar no corpo sem que o paciente apresente algum sintoma, mas, no futuro, trazer complicações.

“A testagem é feita na atenção básica. E quando é detectado, o paciente é encaminhado para o infectologista do município ou ao serviço estadual de referência. Quanto mais cedo for tratado, menor é o risco de trazer algum problema no futuro”, conta Serrano.

Os tipos mais comuns de hepatite são A, B e C. O tipo A tem infecção mais comum pela água, não é grave e há vacina disponível. Os principais sintomas são semelhantes a uma virose: febre, vômito e mal estar. “Ela é muito contaminante mas passa rápido. O paciente precisa se afastar de outras pessoas e ter objetos separados (pratos, copos e talheres). Podemos dizer que é uma infecção benigna e o tratamento vai de um a dois meses, podendo chegar até seis”, diz.

A vacinação existe na rede pública, mas é indicada para imunocomprometidos, idosos ou para quem está infectado pela hepatite B, já que a combinação das duas pode ser fatal.

Hepatite B

Já o tipo B da hepatite é transmitida por via relações sexuais e compartilhamento de objetos como alicates, tesouras, escova de dente e da mãe para o bebê tanto durante a gravidez quanto no parto. O vírus pode sobreviver até 16h numa superfície. A diferença é que ele pode ficar alojado no fígado durante anos e aproveitar algum momento de imunidade baixa para se manifestar. Essa é a doença que o paciente apresenta urina escura e fezes claras. A vacina é oferecida no calendário da rede pública e as crianças são imunizadas entre 0 e 6 meses de vida. “O tratamento é mais complicado porque pode ter um período maior, mas a maioria evolui para a cura definitiva”, pontua Gabriel.

Hepatite C

O tipo C não tem vacina e é transmitido por via sexual secreções e, igualmente a anterior, da mãe ao bebê na gestação ou parto. Por ainda não haver uma imunização prévia, requer mais cuidados, já que pode tornar-se crônica. A contaminação é silenciosa, pois não apresenta sintomas. O diagnóstico tardio pode levar a lesões graves no fígado.

Porém, mesmo quando se torna crônica ela pode ser tratada através de antivirais. “O tipo e dosagem do antiviral vai variar de uma pessoa para outra e o tratamento tem uma duração média de três meses”, afirma o infectologista.

Os outros tipos, menos comuns, são as hepatites D e E. O tipo D depende da presença do vírus B para se manifestar e é considerada mais grave, pois a progressão para cirrose é mais rápida. Já o tipo E é o menos grave, de curta duração e sem causar infecção crônica. Requer mais cuidado em gestantes.

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