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Os maracatus pedem força e proteção para mais um carnaval em Olinda

Foi o primeiro ano da celebração sem a presença do Mestre Afonso

Publicado por: Secom, em: 26/02/19 às 17:45

Celebração da 18ª Noite para os Tambores Silenciosos de Olinda. Foto: Sandro Barros / PMO

Por: Sandro Barros / PMO

É tradição. Todas as segundas-feiras que antecedem o carnaval acontece a Noite para os Tambores Silenciosos de Olinda, que teve a sua 18ª edição realizada, na noite de ontem (25.02). Foi o primeiro ano da celebração sem a presença do Mestre Afonso, que por muitos anos esteve à frente do maracatu Leão Coroado, o maracatu mais antigo em atividade ininterrupta em Pernambuco, fundado no século XIX, em 1863. 

A cada batida do tambor ecoa as vozes dos antigos mestres e ancestrais que há séculos carregam consigo a vitalidade e força da tradição de matriz africana na cidade patrimônio. Ontem não foi diferente. Os maracatus saudaram seus eguns (mortos) e pediram permissão e proteção dos seus antepassados para mais um ano, colocar os maracatus na rua durante o carnaval.  

Todos os maracatus se concentraram nos Quatro Cantos e seguiram em cortejo até a igreja do Rosário dos Pretos, no bairro do Bonsucesso. A meia noite  teve início o ponto alto da celebração. Com loas (músicas), na língua Yoribá o babalorixá Amaro, integrante do Leão Coroado conduziu o rito que por anos foi realizado por Mestre Afonso, hoje encantado.

A programação contou com a participação dos maracatus: Nação Camelão, Nação Badia, Nação de Luanda, Nação Maracambuco, Nação Pernambuco, Nação Estrela de Olinda, Nação Tigre e Maracatu Nação Sol Brilhante, além de convidados. A noite dos tambores silenciosos contou também com ação da secretária de Direitos Humanos em através das coordenadorias de promoção de igualdade etnicorracial e LGBT e saúde da população negra de Olinda.

Dona Zuqueia – Rainha do Maracatu Nação Camaleão. Foto: Sandro Barros / PMO

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